Starcraft, lançado no longínquo e untr00 ano de 1998 (anos 90 federam, véi), é um clássico dos jogos para computadores. Os motivos para todo esse status são bem claros: é um jogo de estratégia desbalanceado para caralho, tem um design de mapas genérico, três tipos de facções chupinhadas de criações consagradas da cultura nerd e uma historinha babaca com momentos épicos para que os nerds não precisem ler livros e ver filmes para ficarem ligados. Daí é só somar a isso gráficos bem desenhadinhos, musiquinhas em crescendo com bastante guitarra e cenas de filme bem feitinhas para games (mas que seriam constrangedoras se estivessem presentes em filmes do Uwe Böll) e temos um sucesso instantâneo.
Mas a cereja do bolo, e responsável por 50% do culto ao game, é seu sistema de jogo falho, que é fácil de aprender (e por isso atrai consumidores), mas privilegia o jogador que decora mais teclas de atalho no teclado e mexe o mouse mais rápido. Ou seja, Starcraft é um jogo de estratégia, repito, ES-TRA-TÉ-GI-A, em que o vencedor em 99% dos casos é o cara que tem os reflexos mais rápidos. Percebem o paradoxo?
Pois bem, depois de 12 anos de jogadas de marketing para manter a franquia viva, incluindo aí até mesmo um jogo cancelado depois de 4 anos do seu anúncio, eis que a gloriosa e muito mercenária Blizzard Entertainment lança a continuação de seu “melhor RTS da história”, Starcraft 2. A espera valeu a pena?
É claro que não!!!!!
Starcraft 2 é a mesma merda de seu antecessor do milênio passado, só que feito de uma forma muito, muito mais sacana. Para começar, tudo que fez de Starcraft 1 um “clássico” se mantém: desbalanceamento, mapas ruins, plágios, estratégia sem estratégia, musiquinhas épicas, historinha constrangedora. Isto nem merece mais ser discutido. Adicionaram apenas uma bobagem de “RPG” no meio, que não passa de uma customizaçãozinha meia-boca das unidades. Aliás, essa modinha de ter RPG em tudo é algo no mínimo irritante (e untr00, mas isso é papo pra depois).
Agora a parte sacana. O tal do Starcraft 2: Wings of Liberty corresponde apenas à campanha dos Terrans, ou seja, um terço do jogo originalmente planejado. Claro que as outras duas partes serão lançadas depois e renderão muito dinheiro para a produtora. Além disso a versão brasileira do jogo, lançada a preço reduzido, só funciona por 6 meses. Depois deste período há a necessidade de pagar mensalidade para jogar mesmo a campanha de um jogador. Uma puta falta de sacanagem!!!
Concluindo, o jogo é ultrapassado em vários quesitos, bugado, nada inspirado, se escora na enorme quantidade de fan service que ele oferece e representa mais uma vitória da forma sobre o conteúdo. É um jogo que cristaliza a essência do capitalismo como poucos produtos de entretenimento atual e que faz troça, mesmo que inconscientemente, de todo o ideal marxista e da luta contra o fetichismo e a sociedade consumista, além de ter todos os elementos que levaram à derrocada dos videogames na era contemporânea. Apesar disso, o jogo diverte bastante e cumpre seu papel como peça de entretenimento interativo.
Nota 9
Avaliação: Untr00
Mas a cereja do bolo, e responsável por 50% do culto ao game, é seu sistema de jogo falho, que é fácil de aprender (e por isso atrai consumidores), mas privilegia o jogador que decora mais teclas de atalho no teclado e mexe o mouse mais rápido. Ou seja, Starcraft é um jogo de estratégia, repito, ES-TRA-TÉ-GI-A, em que o vencedor em 99% dos casos é o cara que tem os reflexos mais rápidos. Percebem o paradoxo?
Pois bem, depois de 12 anos de jogadas de marketing para manter a franquia viva, incluindo aí até mesmo um jogo cancelado depois de 4 anos do seu anúncio, eis que a gloriosa e muito mercenária Blizzard Entertainment lança a continuação de seu “melhor RTS da história”, Starcraft 2. A espera valeu a pena?
É claro que não!!!!!
Starcraft 2 é a mesma merda de seu antecessor do milênio passado, só que feito de uma forma muito, muito mais sacana. Para começar, tudo que fez de Starcraft 1 um “clássico” se mantém: desbalanceamento, mapas ruins, plágios, estratégia sem estratégia, musiquinhas épicas, historinha constrangedora. Isto nem merece mais ser discutido. Adicionaram apenas uma bobagem de “RPG” no meio, que não passa de uma customizaçãozinha meia-boca das unidades. Aliás, essa modinha de ter RPG em tudo é algo no mínimo irritante (e untr00, mas isso é papo pra depois).
Agora a parte sacana. O tal do Starcraft 2: Wings of Liberty corresponde apenas à campanha dos Terrans, ou seja, um terço do jogo originalmente planejado. Claro que as outras duas partes serão lançadas depois e renderão muito dinheiro para a produtora. Além disso a versão brasileira do jogo, lançada a preço reduzido, só funciona por 6 meses. Depois deste período há a necessidade de pagar mensalidade para jogar mesmo a campanha de um jogador. Uma puta falta de sacanagem!!!
Concluindo, o jogo é ultrapassado em vários quesitos, bugado, nada inspirado, se escora na enorme quantidade de fan service que ele oferece e representa mais uma vitória da forma sobre o conteúdo. É um jogo que cristaliza a essência do capitalismo como poucos produtos de entretenimento atual e que faz troça, mesmo que inconscientemente, de todo o ideal marxista e da luta contra o fetichismo e a sociedade consumista, além de ter todos os elementos que levaram à derrocada dos videogames na era contemporânea. Apesar disso, o jogo diverte bastante e cumpre seu papel como peça de entretenimento interativo.
Nota 9
Avaliação: Untr00
Jogo é coisa de nerd.
ResponderExcluirNerd é coisa de untr00.